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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

eita nós...

Promessa é dívida: Poesia do livro do HB: Tamos ai na lida vida escrita a caneta hidrocor hidra esfinge medusa que abusa o mistério da dor o doce azedo incomum e som do peito : baticum batmanizado sem saber. Tamos ai na luta na puta incerteza do fim e em mim um fogo que alarde arde sintomaticamente ligado esperando por alguém que não mais vem. ----------------------------------------- A PROVEITO O EMBALO PARA HOMENAGEAR : Valêncio Xavier Niculitcheff: A morte do escritor Valêncio Xavier Niculitcheff deixa um vácuo no cenário da literatura experimental brasileira. Misturando imagens e texto, Xavier não teve o reconhecimento devido enquanto vivo... ------------------------------------------------------------ Isidore Ducasse Lautréamont: Foi um gênio da literatura universal – André Breton considerava-o uma "revelação total que parece exceder as possibilidades humanas... Contudo, o autor foi-se transformando numa referência principalmente para intelectuais apreciadores do genero mais subversivo da literatura, tornando-se um autor cult ou não... ---------------------------------------------------------------- Raymond Roussel: Foi um escritor famoso pela excentricidade de sua personalidade e de seu comportamento. Poucos leram seus livros, mas muitos sabem que ele foi um milionário excêntrico dedicado à literatura, à música, ao teatro, e sujeito a surtos psicóticos. ------------------------------------------------------------------ Joca Reiners Terron: Só lendo esse cara pra alguém ter uma idéia do que ele é... -------------------------------------------------------------------- Rubem Braga: Assistência foi chamada. Veio tinindo. Um homem estava morto. O cadáver foi removido para o necrotério. Na seção dos “Fatos Diversos" do Diário de Pernambuco, leio o nome do sujeito João da Silva. Morava na Rua da Alegria. Morreu de hemoptise. João da Silva - Neste momento em que seu corpo vai baixar à vala comum, nós, seus amigos e seus irmãos, vimos lhe prestar esta homenagem. Nós somos os Joões da silva. Nós somos os populares Joões da Silva. Moramos em várias casas e em várias cidades. Moramos principalmente na rua. Nós pertencemos, como você, à família Silva. Não é uma família ilustre; nós não temos avós na história. Muitos de nós usamos outros nomes, para disfarce. No fundo, somos os Silva. Quando o Brasil foi colonizado, nós éramos os degredados. Depois fomos os índios. Depois fomos os negros. Depois fomos imigrantes, mestiços. Somos os Silva. Algumas pessoas importantes usaram e usam nosso nome. É por engano. Os Silva somos nós. Não temos a mínima importância. Trabalhamos, andamos pelas ruas e morremos. Saímos da vala comum da vida para o mesmo local da morte. Às vezes, por modéstia, não usamos nosso nome de família. Usamos o sobrenome de Tal". A família Silva e a família “de Tal" são a mesma família. E, para falar a verdade, uma família que não pode ser considerada boa família. Até as mulheres que não são de família pertencem à família Silva. João da Silva - Nunca nenhum de nós esquecerá seu nome. Você não possuía sangue-azul. O sangue que saía de sua boca era vermelho - vermelhinho da silva. Sangue de nossa família. Nossa família, João, vai mal em política. Sempre por baixo. Nossa família, entretanto, é que trabalha para os homens importantes. A família Crespi, a família Matarazzo, a família Guinle, a família Rocha Miranda, a família Pereira Carneiro, todas essas famílias assim são sustentadas pela nossa família. Nós auxiliamos várias famílias importantes na América do Norte, na Inglaterra, na França, no Japão. A gente de nossa família trabalha nas plantações de mate, nos pastos, nas fazendas, nas usinas, nas praias, nas fábricas, nas minas, nos balcões, no mata, nas cozinhas, em todo lugar onde se trabalha. Nossa família quebra pedra, faz telhas de barro, laça os bois, levanta os prédios, conduz as bondes, enrola o tapete do circo, enche os porões dos navios, conta o dinheiro dos Bancos, faz os jornais, serve no Exército e na Marinha. Nossa família é feito Maria Polaca: faz tudo. Apesar disso, João da Silva, nós temos de enterrar você é mesmo na vala comum. Na vala comum da miséria. Na vala comum da glória, João da Silva. Porque nossa família um dia há de subir na política... Slow da bf quase no natal...

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